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domingo, 18 de dezembro de 2016

Mais mau exemplos do trabalho

Prometo que esse vai ser o último post do tipo, senão daqui a pouco só vai ter post "falando mal" dos outros, rs.

Só queria contar de dois casos recentes que aconteceram com colegas de trabalho. Não que seja por fofoquinha, mas é que agora eu presto mais atenção na relação das pessoas com o dinheiro e fico muito feliz de ter o conhecimento e discernimento para não cair nas mesmas cagadas.

Já me falaram pra tirar um empréstimo consignado do valor máximo que eu conseguir (que é relativo ao valor do meu salário + tempo de serviço) assim que completar 6 meses, e assim "comprar seu carrinho à vista". Claramente existem pessoas que não entendem que "à vista" é pagar AGORA com o SEU dinheiro, não apenas COM DINHEIRO.

Aí uma pessoa fez isso mesmo. Pegou empréstimo para comprar um carro. Como o valor liberado não era suficiente para comprar um carro NOVO, o que ela fez? Exato. Pegou o valor do empréstimo e deu de entrada PARA FINANCIAR O CARRO. Ou seja, ficou com duas prestações de um bem acima de suas posses.
A "crise" chegou e as parcelas do financiamento foram atrasando. Três, quatro... nem chegou a seis e o carro foi tomado. Dinheiro jogado no lixo e a amarga lembrança do sonho do carro próprio descontado todo mês no contracheque.

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Uma das minhas superiores tem um cargo que o salário é mais ou menos relacionado com a produção que ela entrega. O valor varia muito, mas é sempre bem acima do salário base. Já faz anos que ela está habituada a essa volatilidade do valor recebido, nesse aspecto pode-se dizer que ela é praticamente uma empresária, pois ganha de acordo com o "esforço". Infelizmente a mentalidade é de empregado, aquele que espera o salário chegar todo dia 30 e já está de olho no próximo pagamento.

Acontece que ano que vem - por questões políticas - ela perderá essa grande fonte de renda. E muito provavelmente terá uma mudança em suas atribuições (o que não vem ao caso). Aí recentemente ela apareceu com o semblante preocupado, dizendo que não sabia o que seria do ano que vem, pois além da mudança no próprio holerite, o marido havia "pedido as contas".
Nada de acordo para receber a multa de rescisão, vai sair "com as mãos abanando". Apenas estressou demais pelo acúmulo de funções, não aguentou a pressão do fim do ano (que sempre é maior) e saiu fora.

As primeiras réplicas foram:
- Mas ele já estava com alguma coisa em vista antes de pedir demissão?
- Nossa, e vocês trocaram de carro recentemente, né? (cujo financiamento dizem ser de R$1700/mês)
- Ihhh, com essa crise, como vai conseguir emprego no fim do ano??

Se o casal tivesse um colchão de segurança, essa questão nem teria sido levantada pela chefa, afinal, qualquer um dos dois que estivesse muito estressado poderia, sempre que quisesse, "pedir as contas" e procurar um emprego que não lhe sugasse tanto a vontade de viver.

E a cereja do bolo: eles possuem 3 carros, mais uma moto. Troféu joinha.
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Estes exemplos reais são o que mais me motiva a continuar na caminhada rumo a Independência Financeira.

Me sinto privilegiada por não depender exclusivamente do meu salário (apesar de ficar sempre na expectativa do próximo mês, mas apenas para saber quanto poderei aportar, rs).
E, apesar de estar muito longe do meu objetivo financeiro, já sinto o gostinho da liberdade que é saber que não dependo do meu emprego para viver.

As tretas corporativas não me tomam mais do que o tempo necessário (só o suficiente para ficar por dentro dos baphões, hauhua); ouço as fofoquinhas e sigo fazendo meu trabalho. Se algum dia sobrar algo para cima de mim, posso, tranquilamente, dar as costas para todo mundo e não ficar apavorada por "não ter algo em vista".

Realmente, é muito mais tranquilo você saber que se perder o emprego ou encher o saco, não será o fim do mundo. Essa segurança é a melhor sensação de todas.

11 comentários:

  1. Observação: Adoro o seu blog, leio sempre que você posta. Não leve a mal (com L) o que escrevi no comentario anterior, foi apenas para alerta-la. Boa sorte!

    Pode apagar os comentários, sem estresse (é, é assim mesmo que escreve).

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    1. Seu comentário anterior não veio, mas imagino que esteja falando da confusão que fiz de mal com mau, rs.
      Obrigada pelo aviso, não revisei o texto antes de postar.

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  2. É assim mesmo, em um post recente comentei sobre os colegas de trabalho, sempre gostei de observar as pessoas a minha volta exatamente p fugir dessas armadilhas.

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    1. O mais triste é que as pessoas SABEM que precisam guardar dinheiro, mas não se mexem pra isso.

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  3. Rycaça, pode contar histórias assim mil vezes e de mil pessoas.
    Mas me nego a acreditar que existem pessoas assim....
    3CARROS?! Putz!
    Abraco e sucesso!

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    1. Pois é, nem eu acreditei quando contaram. E dois deles estavam parados em casa, porque precisavam "ir pra oficina"...

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  4. Rapaz, é cada coisa neste mundo. Realmente as pessoas vivem o dia de hoje mais ou menos como animais. Eu fui até eufêmico no mais ou menos. A crise só chega para as pessoas quando elas ficam desempregadas, enquanto o desempregado for outros milhões, o próprio pai e mãe, o irmão e a esposa, a crise ainda não chegou, a galera ainda está de boa, comprando carro, gastando em futilidades, com dinheiro que não tem para impressionar outros animais que não gostam dessas pessoas. É muito absurdo por metro quadrado, é bom nem pensar muito nisso para não pedir para sair. O ideal mesmo é juntar uma grana, se qualificar e ir para um país onde as pessoas não sejam gado e pensem pelo menos com um ano de antecedência. O Brasil não é o único local do mundo, precisamos nos qualificar, juntar uma boa grana e ir para um lugar mais decente, antes que algum desses animais esfaqueie a gente por um tênis ou um celular inútil. Abraço e boa sorte na caminhada! Vamos sempre evoluindo, porque o caminho é longo e todos nós podemos melhorar como pessoas!

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    1. Pois é, mas brasileiro é muito apegado, né? Não é todo mundo que consegue cogitar morar em outro país. Eu mesma até tenho uma vontade latente, mas entre ter vontade e focar nisso há uma grande distância, rs.

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  5. Conheço uma pessoa que adquiriu empréstimo de 30 mil para reformar a casa, isso sem saber se continuaria ou não no emprego - a empresa dessa pessoa estava passando por uma reformulação, a qual várias pessoas foram demitidas. Por sorte, ela continuou no emprego. Mas, agora, está pagando as parcelas do empréstimo, que só terminarão em 2020.

    É complicado, as pessoas não querem organizar suas vidas, então...

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    1. Quando eu digo que tenho horror a dívida, empréstimos, juros, etc, o povo ainda rebate "ah, mas o juro é baixinho..."
      Então tá.

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