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quarta-feira, 24 de abril de 2019

O que importa é como você reage

O que mais leio nos blogs de finanças são reclamações, principalmente, ao trabalho. Muitos que aqui estão em busca da Independência Financeira odeiam seus empregos. Alguns mais, outros menos, mas fato é que a grande maioria só trabalha pelo dinheiro MESMO, odiando cada minuto que precisa gastar com isso. Eu entendo a motivação (juntar dinheiro para não precisar mais vender seu tempo), mas não concordo.

Não concordo porque pra mim é insustentável aguentar situações que me ojerizam, e a maneira como vejo muitos se referirem aos empregos é com repulsa. Em fato, acho bem preocupante.
Acaba criando uma sensação de martírio diário, e o que já tem sua carga de stress (a rotina de qualquer emprego) acaba pesando bem mais.

Obviamente o ideal seria se todos pudessem trabalhar no que quisessem e como quisessem, mas sabemos não ser viável. De toda forma, acho que a busca pela melhor rotina possível - que alie o mínimo de bem estar para atingir a meta almejada - é o caminho ideal.
Como fazer isso já é outra questão, e muito mais difícil de responder, pois depende de cada um, de forma extremamente subjetiva.

Meu ponto com esse texto é justamente esse: como o que pode ser inaceitável para alguns, é o caminho exatamente seguido por tantos outros.

Temos aqueles presos à "corrida dos ratos", de tal forma cegos que não conseguem viver de outra maneira, nem quando surge a oportunidade. Assim como também temos a maior parte da sociedade, que entende que é normal não gostar do trabalho e é isso mesmo. E aqui temos a divisão entre quem entende que a vida será 30 40 anos disso, e quem entende que com um pouco de disciplina e empenho inicial esse período será encurtado e após, muito melhor aproveitado.
Mas o que ambos têm em comum é essa resignação com a infelicidade do emprego e eu acho isso muito triste. As pessoas esquecem de levar em consideração que o ambiente em que se vive nos afeta diretamente.
Muitas vezes não é nem a tarefa em si o problema, mas o local de trabalho. Outras vezes o emprego é a melhor parte, mas não suficiente pra suprir outros setores da vida, como os relacionamentos (familiar, amoroso, de amizade) ou o prazer de morar em um local que goste - e aí me refiro tanto à estados, cidades, bairros, casas... tudo o que for relevante para cada um.

Digo isso porque a melhora que tive ao mudar de cidade foi absurda. Já morei em diversas cidades e estados, mas não gostei de nenhum deles. Morei anos em cada lugar, e nunca me senti "em casa". Os motivos eram diversos: clima, habitantes, hábitos culturais... a maioria deles subjetivos, mas gerando sempre um grande incômodo. E, nossa, como isso influenciou minha vida nos anos anteriores!

Recentemente mudei para um local que sempre tive vontade de morar e, por isso, vim de mente e coração abertos e estou usufruindo de tudo que a cidade pode me proporcionar da melhor maneira possível. Óbvio que imprevistos surgiram aos montes, óbvio que merdas acontecem, óbvio que meus dias não são todos perfeitos, passo por muitas tretas e a minha rotina ainda é uma loucura. Mas apesar disso tudo, estou em um ambiente que gosto, porque eu quero. E só esse fato já me faz encarar a dureza da vida de forma muito mais leve.

Basicamente, o que estou tentando dizer com esse texto, é que estou feliz. Não está nada no lugar, não está nada do jeito que imaginei. E mesmo assim eu me sinto em paz e confiante.

Em parte porque aprendi que no fundinho não tenho controle de nada da vida, é só ilusão achar que dominamos algo, pois de uma hora para outra as situações todas podem mudar. Mas também porque sinto que estou trilhando o caminho certo, seja lá qual ele for ou o que ele signifique.

Só sei que não tenho pressa.

domingo, 14 de abril de 2019

Começando do 0: novas metas

Pois bem, acho que já deu pra entender que depois de todo esse tempo estou começando do zero outra vez.

Ao mesmo tempo que é empolgante, também é bem desmotivante. Acompanho essa galera super focada e que evoluiu bastante nos últimos dois anos e rola uma frustraçãozinha, mas não tem o que fazer. Reclamar não vai mudar minha situação, então o jeito é pôr a mão na massa.

Como falei anteriormente, ainda fiquei com algumas dívidas. Nada mais burro do que querer investir dinheiro enquanto os juros das dívidas são mais que o triplo do que a maior rentabilidade que já consegui na vida. Então, por ora, meu foco será juntar dinheiro para quitá-las o mais brevemente possível. Não vou ficar colocando esses valores aqui porque não faz sentido, já que ele tem uma finalidade específica e vai ser utilizado muito em breve.

Portanto, estou começando uma carteira nova, zerada e colocarei valores ínfimos, só pra sentir que estou fazendo alguma coisa e voltar ao maravilhoso hábito de poupar com frequência e retomar o controle de finanças de forma adequada.

Dito isto, a primeira meta de todas é: fazer o primeiro aporte. De qualquer valor (será ridículo, não riam da minha cara), mas destinado a compor a reserva de emergência, que é por onde todo mundo deveria começar.

O objetivo aqui é não perder o foco e ver o que dá pra fazer ao longo dos anos, mesmo com um poder de aporte baixo.

Objetivos de 2019:
- fazer primeiro aporte
- atingir R$151 (hahaha depois explico o porquê)

quinta-feira, 4 de abril de 2019

"Como é que faz pra guardar dinheiro?"

Volta e meia o assunto finanças aparece na roda de amigos.

A maior parte dos amigos é bem ignorante quando a questão é investimento, não entendem nada de nada. Uma outra parte tem amigos que são consultores de investimento, trabalham com isso e esses são os piores, porque acham que sabem tudo e não aceitam opiniões contrárias, hahaha. Os extremos são sempre péssimos.

Uma coisa que me incomoda bastante, é que não saio por aí dizendo que todo mundo deveria economizar dinheiro, nem como cada um deveria investir a sua grana, mas quando acontece da pessoa se interessar e vir tirar alguma dúvida comigo, ela me faz perder tempo.

Perder tempo porque o que entra por um ouvido sai pelo outro. A pessoa te enche de perguntas, quer saber sobre tudo pra no final não fazer nada. Só fez perder meu tempo, não assimilou coisa alguma e vai continuar financiando carro em 60 meses.

Além daquela ladainha básica "ah, mas eu não consigo guardar dinheiro, por isso consórcio vale a pena pra mim, porque é uma conta fixa". Mano. Sério. Não tem coisa que me faça revirar mais os olhos do que dizer que qualquer outra parcela é o único jeito de "juntar dinheiro" ou "ter" as coisas porque a pessoa não tem o autocontrole de separar uma quantia X todo mês, assim que o salário cai na conta.
Pelamordedeos, sabe? É muita falta de noção das coisas.

Quando o assunto já começa a enveredar pra esse caminho eu já solto um "a primeira coisa que você tem que fazer é sua reserva de emergência; guarda o equivalente a 6 meses do seu salário - pode ser na poupança mesmo - e depois te explico o resto".

E nunca mais fala-se sobre isso =)