:)

quarta-feira, 15 de maio de 2019

MUDE!

Quando expliquei as grandes mudanças que aconteceram na minha vida neste post, alguém comentou sobre achar precipitado eu mudar de cidade após o término de um relacionamento.

Por quê?

Sempre me pego pensando nisso...
A primeira vez que mudei de cidade, foi aos 10~11 anos (ou 13? olha o alzheimer da idosa ahaha). Enfim.
O que importa é que a partir daí passei a ver como é pequeno o mundo de quem passa uma vida inteira morando em apenas um lugar e/ou viajando muito pouco. Viajar, conhecer culturas diferentes (mesmo que cidades próximas) é sempre uma experiência enriquecedora. Existem muitas realidades. Muitas verdades. Muitas maneiras de se viver.

Hoje em dia, para mim, mudar de cidade é uma coisa natural. Resolvi fincar raízes nessa que estou agora, pois era desejo antigo, mas não descarto uma nova mudança, talvez de país. Mas isso é mais uma ideia do que um desejo específico.

O ponto é: mudei de cidade para começar/continuar o antigo relacionamento (e aconselho a JAMAIS fazerem isso, mas isso é papo pra outro post). Qual o problema em mudar outra vez quando tudo acabou? Melhor coisa da vida ao terminar relacionamentos longos é virar sua vida de cabeça pra baixo mudando tudo. Fiz isso duas vezes e recomendo demais, de verdade. Com a morte de entes queridos também foi isso que aconteceu (mudança de casa ou cidade) e acho que é o que mais ajuda em todos esses lutos (pois término também é luto).

Tomando por base o pouco que conheço da cultura norte-americana, isso também é comum por lá, a começar pelos jovens que frequentam faculdades. Geralmente as faculdades bem conceituadas são distantes de suas residências e então muitos vão morar no campus. Vão atrás de oportunidades de trabalho em outras cidades, estados... a impressão que fica é que brasileiro é muito dependente emocionalmente da família. O que não é de todo modo ruim. Claro que não estou levando em consideração a óbvia questão financeira, mas se isso não é estimulado ou visto como normal, poucos são os que se aventuram fora de suas cidades. E os que vão são vistos como heróis, por terem ido longe e se afastado de amigos e parentes, como se fosse a coisa mais difícil do mundo criar novos laços.

Amigos a gente sempre pode fazer novos, além do mais, é ótimo ter conhecidos em diferentes locais para quando voltar. E parente é bom só de vez em quando, assim não tem como pedir dinheiro emprestado nem falar mal de você pelas costas, hahaha.

Mas a essência do texto é sobre abandonar os medos, fazer diferente, experimentar com frequência. Mudar. Mudar o que não está funcionando. Mudar só pela curiosidade. Mudar para testar. Mudar porque temos essa escolha.

Já dizia alguém que não faço ideia de quem foi: "Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo."

Mantenha sua essência, mas progrida com as mudanças.

(meu deos tô virando coach de auto ajuda hahahaha)

12 comentários:

  1. Belo post, gostei bastante! Em relação a localidade eu nunca mudei de cidade, só sai da casa da minha mãe quando casei, mas os hábitos eu estou sempre renovando, algumas coisas são perenes como o Surf e a leitura, mas sempre tenho novos esportes e novos hobbies com isso conheço pessoas diferentes com outros estímulos culturais e diferentes estilos de vida.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A sua essência é o surf e a leitura, o resto, de acordo com o momento, isso é excelente!
      É necessária muita autoconsciência para observar os próprios hábitos e conseguir mudá-los. Dá pra se renovar sempre, mesmo sem sair do lugar.

      Excluir
  2. É Ryca, seu post faz pensar em muitas coisas. Eu mesmo moro num Estado diferente do qual eu nasci e vivi até os 21 anos.
    Mudei com familiares para uma cidade não qual não conhecia praticamente ninguém, para viver uma vida consideravelmente diferente da que vivia até então.
    Isso já faz um tempo...

    A maioria das pessoas tem resistência a mudanças, pior ainda mudanças como essas de cidade, Estado ou País, que resultam não apenas numa mudança de endereço, mas numa mudança quase que total de vida.
    Acredito que em gerações anteriores a nossa a mobilidade era maior, as pessoas saiam da casa dos pais mais cedo e principalmente aqueles que moravam no interior do Brasil migravam em maior número.
    Hoje isso por vários motivos acontece menos, bem menos eu diria. Mas também migar por migrar, sem neheum planejamento, qualificação etc é compicado, geralmente os resultados não são lá muito compensadores.

    Porém é fato que esse tipo de mudança faz com que tenhamos quase que um renascimento em vida, quando mudamos de cidade nos desvencilhamos de algumas rotivas, pessoas, lugares que talvez já não tenham mais sentido em nossas vidas. Além de possibilidade de mudar de emprego, começar um negócio, estudar outras coisas, conhecer outras pessoas etc.
    Essa mudança pode valer muito a pena, pra dar uma oxigênda, renovada, dar uma oportunidade para que façamos uma reflexão mais profunda sobre a vida e nós mesmo, reflexão que nossa rotina acaba empurrando para debaixo do tapete.

    Também acho que boa parte dos brasileiros são emocionalmente muito dependentes e reconheço que ser emocionalmente independente não é tarefa das mais fáceis.
    Mas aqui no Brasil (apesar que não conheço outro país) as pessoas muitas vezes forçam um pouco intimidade, convivência etc. Tanto que introvertidos e tímidos podem "sofrer" um pouco com isso.
    Tem gente que não faz nada sozinho, só faz se for junto com alguém. Aí é complicado...
    Tá na moda viajar e expor tudo em Redes Sociais (Redes Sociais são super valorizadas), portanto acho até que o número de viajantes aumentou, mas o número de mudantes não.
    Enfim não há certo ou errado nesse contexto, apenas o que pode ser importante ou mesmo necessário pra cada um.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A primeira vez que me mudei aproveitei para fazer essa "mudança total de vida". Não estava muito contente com a mudança de cidade, mas usei a situação a meu favor; eu já era consciente de que possuía algumas amarras sociais e utilizei esse momento para me fortalecer como pessoa e delinear minha personalidade, achei que foi bem assertivo.

      Também acho que brasileiros, em geral, têm um pouco essa coisa de "forçar a amizade", mas aí é só a gente aprender a contornar e delimitar o espaço alheio em nossas vidas. É um aprendizado compulsório, mas acaba sendo excelente para auxiliar no traquejo social, haha.

      No geral, pessoas têm muito medo de mudanças. Até eu tenho, mas eu adoro. Adoro poder recomeçar e fazer tudo diferente. Adoro a possibilidade de testar algo de um jeito novo. E se der errado, a gente tenta de novo. Simples.

      Excluir
  3. Já mudei de cidade por causa de namorada.

    Saldo: quase 15 anos de casado é uma filha. Tem dado certo. Na verdade, mesmo se terminassemos no futuro, não posso mais dizer que deu errado. Afinal, 15 anos é uma vida já.

    Relacionamentos não foram feitos pra serem pra sempre. Então se ele durar um tempo legal, já é um ganho e tanto. Tá valendo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fico feliz por você, Anônimo!
      Eu tenho motivos específicos para dizer o porquê não recomendo, mas obviamente que é só por uma racionalização, não uma regra que deve ser seguida por todos.

      Excluir
  4. Nossa, super me identifiquei. Já me mudei por escolha e foi um grande aprendizado apesar de também ter sido um pouco sofrido ficar longe dos meus pais. Sempre digo que quando precisar, mudo de novo e pronto. Melhor sensação do mundo não ficar preso a um único local. Acho que é incrível aceitar as mudanças da vida de um modo positivo e ver a passagem do tempo e como nós próprios mudamos e amadurecemos. Sou adepta da política do desapego inclusive de lugares, de casas, de espaços... Não dá para ficar restrito à um único lugar, a um único estilo de vida, como se aquele fosse o único modo possível de ser feliz.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu gosto de fazer uma analogia bem simplista com isso de "não dá pra ser sempre o mesmo".
      Meu guarda-roupa.
      Não faz muito tempo que comecei a pensar looks DE VERDADE e coordenar as peças. Sei que consegui montar ele de tal forma que, em um dia eu me visto tal qual uma princesinha, em outro posso ser a rebelde trevosinha gótica e num terceiro momento posso ser a maior business woman de scarpin nude. São três momentos, três estilos, três situações de mim mesma.
      A essência continua, mas as situaçõs mudam. A vida é mais ou menos isso.

      Excluir
  5. Mudar só se houver necessidade. Pra ganhar muito dinheiro ai sim.

    Agora, se for pra mudar de cidade só por mudar e ficar na mesma, ai não adianta.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mudar É uma necessidade constante em nossa vida. Não podemos ser exatamente iguais a vida toda. Da mesma forma que amadurecemos ao longo da vida, precisamos mudar nossa forma de investir conforme o tempo passa e etc.
      A mudança é inerente ao ser humano, a questão é que a gente não precisa ter medo.

      Excluir
  6. Olá, Ryca.

    Mudar (de cidade, de idéia, de Mindset) é essencial acompanhar o FIRE e (na minha opinião) sobreviver no mundo atual.

    Quando estive fora do país pela primeira vez, fiquei inicialmente chocado com a "frieza" percebida das famílias dos meus amigos expatriados; alguns estávam pra se mudar ou haviam se mudado meio mundo de distância, e o contato com a família era esporádico no máximo.

    O que esta "frieza" trouxe a eles? Vidas prósperas que nunca teriam conseguido se não tivessem saído debaixo das asas dos pais, da casa e - talvez um caso mais extremo - do país. É só com esse tipo de liberdade que se pode crescer.

    Claro que deve haver uma análise antes de realizar a mudança. Há muitas histórias de gente que se mudou pra "fugir", deixar pra trás algum problema quando na verdade o problema estava com elas. Inversamente, muita gente que reclama que o Rio de Janeiro está caro demais, ou que não dá pra morar em cidade grande X gela na hora de considerar a mudança pra alguma cidade menor, mais barata e menos violenta.

    Boa sorte com qualquer mudança que estiver enfrentando ou procurando começar no momento. Nunca é fácil, mas não há melhor sensação do que olhar pra trás depois e descobrir que você conseguiu.

    Abraços e seguimos em frente!

    Pinguim Investidor
    https://pinguiminvestidor.home.blog

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Exatamente, fora do país o ditado "criar filho pro mundo" é verdade, sem esperar que ele vá ser a garantia da sua aposentadoria (quantas vezes já não ouvi "mas quem é que vai cuidar de você quando ficar velhinha?").
      Eu citei mudança de "habitat" no post, mas falo de inúmeras coisas que podemos mudar em nossa rotina, nossa vida.
      Mas, basicamente, é desconstruir essa vida de apego, às coisas, pessoas e locais. Se buscamos a liberdade financeira, precisamos nos desamarrar das crenças e dos hábitos antigos que nos prendem.

      Excluir

Os comentários são moderados. Não falte com educação :)