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sábado, 15 de fevereiro de 2025

"A pobreza é um valor cristão"

Dia desses (muitos dias, na verdade; encontrei essa foto dentre as primeiras da galeria do meu celular, logo que o comprei, em 2022) parou na minha mão um jornalzinho desses que distribuem em frente às igrejas.

Esse texto aqui me impactou a ponto de tirar uma foto, que está logo abaixo e eu gostaria que meus 20 leitores lessem e opinassem:

 
Eu tenho minha espiritualidade desenvolvida sem amarras ou dogmas, não me prendo a hierarquias e sequer acredito em punição divina. Mas dentro dos locais que me proponho a frequentar as palavras que mais ouço são amor, caridade e perdão. O incentivo é de procurar o autoconhecimento e se transformar sempre em um melhor ser humano, tanto para si quanto para os outros: olhando para o mundo com amor, doando o que transborda e perdoando a si e aos outros dos erros - intencionais ou não - que viemos a cometer.
 
Então ao ler "não é possível pensar em um programa dentro da Igreja para acabar com a pobreza" a sensação é de choque, pois, nas entrelinhas, o que está dito é o que as Igrejas vêm fazendo desde os tempos imemoriais: utilizar a fé como ferramenta de controle.

O mais contraditório é que no mesmo parágrafo citam a passagem de João que diz "eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância".

Eu entendo que não é responsabilidade da Igreja resolver uma questão social, mas normalmente são as instituições religiosas que chegam onde o Estado falha. São elas, muitas vezes, que conseguem dar o mínimo de dignidade para um ser humano.
Mas entre executar o assistencialismo e desejar que o pobre se mantenha dependente da fé há uma discrepância enorme e eu não consigo simplesmente ignorar.

 A mensagem crística é maravilhosa, mas a forma como a interpretam muitas vezes me causa náuseas.

Jesus é maneiro, o problema é o fandom.

Um comentário:

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